Mercado de carros usados cresce 40% neste ano

A Fenabrave, entidade que reúne os concessionários brasileiros, divulgou nesta quarta-feira (5) seu relatório relativo à performance de transações no mercado de veículos usados em abril.

De maneira geral, ao levar em consideração todos os segmentos de veículos automotores (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos) foi registrada uma queda de 9,61% nas negociações em abril (1.119.047 unidades) comparado a março (1.238.073). Porém, na relação anual, o volume transacionado em abril deste ano foi expressivos 461,88% superior em relação a abril de 2020 (199.161 unidades negociadas). 

A grande variação entre abril de 2021 e abril de 2020, assim como no acumulado do ano, é resultante das paralisações dos Detrans e do fechamento das áreas de vendas, em vários estados, que se deram mais fortemente no ano passado”, explica Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave. 

De acordo com a Federação, no acumulado de janeiro a abril de 2021 foram negociadas 4.706.004 veículos usados, alta de 41,7% sobre o mesmo período de 2020, que somou 3.321.191 usados mudando de dono. 

Relação semelhante foi observada ao isolarmos os dados de automóveis e comerciais leves. Abril registrou uma queda de 10,31% nas negociações (821.159 unidades) quando comparado ao volume de março (915.537), contudo o número registra crescimento de 463,77% sobre os 145.654 automóveis e comerciais leves negociados em abril de 2020. 

No acumulado de janeiro a abril deste ano, as vendas de automóveis e comerciais leves alcançaram 3.482.171 veículos usados transacionados, crescimento de 40,28% sobre as 2.482.240 unidades, vendidas em igual período do ano passado. Os modelos com até 3 anos de fabricação responderam por 11,14% do total comercializado em abril deste ano e 10,3% do acumulado do ano.

A Fenabrave alerta que o aumento da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre veículos usados em São Paulo, que passou de 1,8% para 5,53% em 15 de janeiro deste ano e caiu para 3,9% no mês passado, continua fazendo o estado perder espaço em relação a outros mercados do país. “Essa perda de mercado está acarretando desemprego no estado. Estimamos que cerca de 18 mil empregos já tenham sido comprometidos, em nosso setor, apenas em São Paulo”, aponta o presidente da Fenabrave. “Enquanto o mercado nacional retraiu 9,61%, em abril, o paulista apresentou queda de 19,94% sobre o mês de março. Com isso, a participação de São Paulo, no mercado nacional, caiu 3,06%, passando de 31,46%, em março para 27,86% em abril”, conclui Assumpção Júnior.

Fonte: https://www.autoo.com.br/

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