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Além da Tesla: conheça outras 10 startups de carros elétricos

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27 Abr 2021 • 17:00

Conheça as startups que já estão propondo suas versões de veículos elétricos no Brasil e no mundo.

O setor de veículos elétricos não atrai somente a Tesla e outras montadoras tradicionais. O segmento está em crescimento no mundo, somente nos dois primeiros meses do ano, as vendas de carros elétricos representaram 4,6% do mercado global total. Esse tipo de veículo ainda possui pouca presença no mercado brasileiro, mas as vendas também crescem: em 2020, houve um crescimento de 66,5% no número de veículos elétricos e híbridos. Conheça startups que estão desenvolvendo produtos para atender esse mercado, no mundo e no Brasil.

Faraday Future

  • O que? Assim como a Tesla, a startup americana Faraday pretende entregar primeiro os modelos mais luxuosos e poderosos. O FF 91 foi o primeiro modelo apresentado, ainda em 2017. Com 600 km de autonomia, 1050 cv de potência, três motores e aceleração de 0 a 100km/h em 2,4 segundos, o veículo chama atenção.
  • Destaque: já há 14 mil encomendas do FF91 e, em 2021, a FF fundiu-se a uma SPAC, objetivando a abertura de capital no segundo semestre. Com a disponibilidade das ações no mercado, a startup pretende captar US$ 1 bilhão, com o objetivo de cumprir o prazo de entrega dos FF91 na segunda metade de 2022. Para 2023 e 2024, os modelos FF81 e FF71, mais modestos, estão nos planos.

ff 91 modelo de luxo da faraday

FF91, modelo de luxo da Faraday que compete com o Tesla Model S (Foto:Faraday/Divulgação)

Saiba mais:

Nio

  • O que? Nio é o segmento de mobilidade da gigante chinesa Tencent. O conglomerado já possui forte presença em áreas diversas da tecnologia e já supera o Facebook em valor de mercado – avaliada em US$ 523 bilhões. A empresa cresceu 113% em 2020 e vendeu mais de 43 mil carros.
  • Destaque: o grande diferencial da Nio é a possibilidade de trocar a bateria quando a carga acaba: ao invés de aguardar os longos tempos de recarga típicos das baterias de carros elétricos, é possível passar em uma estação da empresa e trocar a bateria vazia, por uma completamente carregada. Com 191 estações em 76 cidades e objetivo de alcançar 500 em operação até o final do ano, é uma boa alternativa às estações de recarga com longo tempo de espera. Ainda há um diferencial no modelo de negócio que permite a compra do carro, mais barato, sem a bateria – para rodar, basta alugar a bateria em modelo de assinatura mensal.

Lucid Motors

  • O que? Lucid Motors é outra startup da Califórnia que pretende concorrer com a Tesla. O Lucid Air, primeiro modelo a ser entregue, teve suas entregas adiadas do primeiro para o segundo semestre de 2021. Com preço inicial de US$ 77 mil (até US$ 160 mil, com opcionais), o carro concorre diretamente com o Model S da Tesla.
  • Destaque: os diferenciais da Lucid estão principalmente na autonomia dos veículos, isso é quanto podem percorrer com uma carga completa: de 653 km a 832 km, dependendo do modelo. A versão Grand Touring, com 832 km de autonomia, fez frente aos 647 km do Model S Long Range em 2020, mas a Tesla já anunciou versão atualizada com a capacidade de chegar a 836 km de capacidade. A Lucid Motors recebeu aporte de US$ 1 bilhão de um fundo da Arábia Saudita e deve ter uma fábrica na região.

Ola Electric

  • O que? startup Ola Electric é uma subsidiária da Ola, espécie de Uber indiano. Em 2020, adquiriu a Etergo, startup holandesa fabricante de scooters elétricas. Ligada no mercado indiano, a Ola começou a construir a maior fábrica de motos elétricas do mundo. Em 2022, a fábrica pretende produzir uma moto elétrica a cada 2 segundos. 
  • Destaque: ao mirar nas motos elétricas e não nos veículos tradicionais, a Ola demonstra saber como utilizar as vantagens geradas por seus diferenciais. A Appscooter deve ser o primeiro modelo de motocicleta elétrica, com três baterias e 240 km de autonomia total, a moto deve ser mais veloz que qualquer scooter movida a gasolina – alcançando 45km/h em apenas 3,9 segundos.

Arrival

  • O que? Além dos carros e motos, o setor de transporte coletivo também está recebendo atenção das startups que pretendem eletrificar os veículos. A Arrival, startup britânica, foca em criar ônibus e vans elétricas, especialmente para empresas de logística. A produção de fato ainda não começou, mas a empresa deve colocar suas vans elétricas para circular, em fase de testes, nas ruas britânicas ainda neste ano. Em 2024, a empresa projeta faturar US$ 14 bilhões ao ano com as vendas dos veículos.
  • Destaque: Arrival se diferencia das concorrentes ao operar de forma descentralizada. O modelo de negócios da startup prevê a construção de “microfábricas” em diferentes lugares, com linhas de produção especializadas para o mercado local, com preços competitivos em cada região de atuação. Já há duas fábricas no Reino Unido e outras duas nos EUA. Cada microfábrica deve produzir cerca de 10 mil veículos por ano. O financiamento da operação também está tomando o caminho da abertura de capital via SPAC, da mesma forma que a concorrente Faraday.

Modelo de ônibus elétrico da britânica Arrival (Foto: Arrival/Divulgação)

Rivian

  • O que? Rivian é outra startup americana que desenvolve diferentes tipos de veículo elétrico, no segundo semestre do ano, a empresa pretende lançar três veículos diferentes: uma picape, uma SUV e uma van. A picape e a SUV miram a performance de Land Rovers no off-road, um feito ainda inédito para veículos elétricos.
  • Destaque: a empresa pretende oferecer 600 estações de carregamento nos EUA (a Tesla possui mil, atualmente) e os carregadores devem ser exclusivos para seus veículos. Outro grande destaque é a parceria com a Amazon, que resultou no desenvolvimento da van elétrica da companhia. Com mais de 100 mil unidades encomendadas pela gigante, a van deve ser responsável por transportar os pedidos da Amazon Prime, em todos os mercados onde ainda operam veículos a combustão, até o final de 2022.

van eletrica da rivian ja encomendada pela amazon para realizar entregas do prime 600

Van elétrica da Rivian já foi encomendada pela Amazon para realizar entregas do Prime (Foto: Amazon/Divulgação)

Fisker

  • O que? startup americana já possui dois protótipos de veículo anunciados, um Sedan (EMotion) e uma SUV (Ocean). O Ocean deve ser lançado em 2022 por US$ 40 mil, concorrendo diretamente com o Tesla Model Y (US$ 50 mil). A Fisker é outra das startups de carros elétricos que está planejando abrir seu capital através de uma SPAC, já tendo garantido investimento de US$ 1 bilhão para financiar a operação inicial.
  • Destaque: a Fisker se diferencia no seu modelo de produção: à exemplo da Apple, a startup contratou a Foxconn – mesma empresa responsável por montar iPhones, por exemplo – para produzir seus veículos. A produção deve iniciar em 2023, inicialmente entregando 250 mil veículos ao ano. A estratégia é comum no mundo dos eletrônicos de consumo, mas parece ser a primeira vez que uma empresa automotiva utiliza a mesma estratégia, com as concorrentes ainda apostando em fábricas próprias.

BRASIL

Lupa

  • O que? Apesar de não ser brasileira, a espanhola Lupa pretende atender o mercado brasileiro através da construção de uma fábrica no Uruguai, que deve atender aos pedidos da América do Sul. Até 2025, a companhia planeja fabricar pelo menos dois veículos elétricos, um hatch (E26) e uma minivan (E66). A marca ainda não começou as entregas na Europa, mas a pré-venda já está aberta.
  • Destaque: o E26, modelo hatch da Lupa, deve se destacar por sua recarga rápida: a compahia promete 80% de recarga em apenas 25 minutos. O veículo deve ter mais de 350 km de autonomia e mais de 120 cv de potência. Na Europa, o modelo pode ser encomendado por 17 mil euros.

eION

  • O que? startup paranaense eION apostou no desenvolvimento de um veículo para atividades recreativas e turísticas. Após dois anos de desenvolvimento, o Buggy Power é a aposta da companhia. As baterias do buggy são fabricadas na China e montadas no Brasil. Seguindo a mesma lógica da Tesla, as baterias são instaladas no assoalho do veículo para diminuir o centro de gravidade e aprimorar a condução.
  • Destaque: as versões do Buggy Power começam em R$ 99 mil e a autonomia vai de 150 km a 500 km, a depender da versão. O veículo comporta até cinco ocupantes e acelera de 0 a 80 km/h em 10,9 segundos. O buggy é voltado para hotéis, resorts, pousadas, agências de turismo, clubes e parques – sendo fabricado no Brasil.

Hitech Electric

  • O que? Hitech Electric lançou em 2020 sua primeira aposta de veículo on-road elétrico. O e.coTech 4 Autônomo é equipado com sensores e câmeras que mapeiam um ângulo de 360 graus para a detecção de pedestres, distância, obstáculos e velocidade. A empresa afirma que esse é o primeiro carro autônomo produzido no Brasil e é resultado de uma parceria com a Positivo, que auxiliou no desenvolvimento do sistema autônomo do veículo. O veículo está disponível a partir de R$ 78.600.
  • Destaque: Hitech Electric se destaca por oferecer opções em quase todas as categorias: carro, caminhão, scooter, moto, bicicleta, patinete e barco. Outro destaque é a possibilidade de alugar os veículos elétricos através do site da companhia. O objetivo da empresa é unir economia, tecnologia e sustentabilidade – seja on-road, off-road ou marine.

e.coTech 4 Autônomo, primeiro veículo autônomo produzido no Brasil (Foto: Hitech Electric/Divulgação)

POR QUE IMPORTA?

É relevante conhecer o estado do segmento como um todo, lembrar que há mais representantes que a Tesla e que ela sozinha não conseguiria suprir toda a demanda mundial. Além disso, com a presença de múltiplos players, é possível aumentar a concorrência, o que deve reduzir preços e aumentar a adoção desse tipo de veículo.

Ainda, o que se nota é uma grande presença de startups no segmento. Como característico delas, são as mais presentes em setores ligados à tecnologia e inovação. No Brasil, embora a indústria nacional ainda engatinhe, já é possível encontrar as primeiras soluções próprias, pensadas para o nosso mercado. 

Todos estão de olho nessa categoria, mundialmente a previsão é de que os carros elétricos representem 32% da frota mundial até 2030 e, por aqui, é esperado que pelo menos 5% dos veículos sejam elétricos até o final do mesmo ano.

fonte: Startse

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