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Quem são os sobrevivencialistas?

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Há algum tempo, publicamos uma matéria falando sobre o sobrevivencialismo, filosofia que visa a preparação para enfrentar crises de diversos tipos. Passamos por diversos conceitos e detalhes sobre essa visão de vida que milhões de brasileiros estão aderindo. Hoje, decidimos seguir o fio e apresentar os tipos de sobrevivencialistas que existem…

Por ser um conceito amplo adotado por pessoas de diversas origens e locais, o sobrevivencialismo se abre a uma grande variedade de métodos para aumentar as chances de sobrevivência diante de ameaças.

Para alcançar esse objetivo, é necessário planejar, adquirir habilidades, equipamentos e construir abrigos, o que muitas vezes está além das capacidades financeiras ou intelectuais de uma única pessoa ou núcleo familiar.

A criação de estratégias eficientes, especialmente para situações de longo prazo, é uma tarefa complexa, e é por isso que surgiram diferentes grupos de sobrevivencialistas, que podem ser classificados em diferentes tipos:

Ecologistas. Grupos que buscam viver em harmonia com a natureza, minimizando o impacto da civilização. Costumam praticar a chamada permacultura, reciclam resíduos e adotam um estilo de vida saudável. Embora sejam peritos em criar formas sustentáveis de sobrevivência a longo prazo, às vezes, tendem a atrair indivíduos ideológicos que podem negligenciar aspectos científicos e tecnológicos, além de desconsiderar a importância da defesa.

Primitivistas. Os principais praticantes de bushcraft. Acreditam que a melhor maneira de garantir a sobrevivência em um caos prolongado é usar técnicas primitivas de sobrevivência (caça, formação de fogo a partir de artefatos arcaicos, construção de abrigos naturais etc.). Embora seja importante para todo sobrevivencialista conhecer essas técnicas, o extremismo anti-tecnológico pode prejudicar a eficácia, já que algumas tecnologias modernas podem ser vantajosas.

Hi-Techs. Indivíduos que defendem o uso da tecnologia moderna, buscam fontes alternativas de energia e desenvolvem diferentes sistemas complexos para a subsistência humana. A grande desvantagem dessa abordagem é que pode ser cara e dependente de vasto conhecimento técnico, além de criar uma vulnerabilidade significativa diante de ameaças governamentais e catástrofes diversas.

Paramilitares. Aqueles que se preparam para a sobrevivência fazendo uso da força. Esses grupos costumam criar milícias ou clãs, estocam armas e munição e constroem bunkers para se manter preparados para diferentes tipos de ameaças. Embora possam ser eficazes em variados contextos, a dependência exclusiva da força pode prejudicar a sobrevivência a longo prazo.

Pessoas comuns. Indivíduos de diferentes faixas etárias, etnias, religião, visão política e profissão. São pessoas conscientes da fragilidade do sistema e que preferem estar preparados a estarem à mercê de possíveis colapsos naturais, políticos, econômicos e de outras naturezas. Podem pecar pela falta de conhecimento aprofundado em áreas ligadas ao sobrevivencialismo.

Em um dos espectros do movimento sobrevivencialista, também encontramos aqueles que podem ser considerados “sobrevivencialistas radicais”. Esses estão além dos limites da sociedade convencional, operando fora da chamada ‘Matrix Social’. Para esses indivíduos, a independência é a palavra de ordem. Eles não dependem do sistema em nenhum aspecto de suas vidas.

Em vez disso, cultivam e caçam sua própria comida, evitam qualquer forma de dependência institucional e mantêm endereços desconhecidos para permanecerem completamente fora do radar.

Educam seus filhos em casa e praticam uma autossuficiência extrema, rejeitando quase todos os elementos da vida moderna.

Embora possam ser vistos como marginais pela sociedade convencional, para eles, isso é uma escolha consciente em busca de uma existência verdadeiramente independente.

Dentro do movimento, também existem aqueles com recursos financeiros suficientes para construir um mega abrigo para possíveis colapsos ou crises.

Esses sobrevivencialistas milionários não poupam despesas ao projetar casas capazes de resistir a bombardeios, instalam sistemas de geração de energia autônoma e fazem estoques de alimentos que podem durar anos.

Além disso, investem em bunkers luxuosos, muitas vezes localizados em locais remotos e protegidos, equipados com todas as comodidades que se pode imaginar. Para eles, a preparação é sinônimo de conforto e segurança extremos.

Embora possam parecer excessivos para alguns, esses indivíduos acreditam firmemente que a preparação de alto nível é essencial para garantir a segurança e a continuidade de seu estilo de vida em tempos de crise. 

Cada tendência tem suas vantagens e desvantagens, e o equilíbrio entre essas abordagens pode ser essencial para uma preparação eficaz e bem-sucedida. Para saber mais sobre o assunto, conheça o  Sem Paranoia – Manual de Sobrevivência para Tempos Bons e Difíceis, escrito pelo autor Felipe Horta.

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