Fecomercio SP estima queda de 3,1% em vendas do varejo no Dia das Mães
As vendas do comércio varejista no estado de São Paulo relacionadas ao Dia das Mães podem cair 3,1% em comparação às do mesmo período no ano passado. Em relação ao Dia das Mães de 2019 – o último antes da pandemia de covid-19 – a queda deve ficar em 4,8%. As projeções foram divulgadas nesta quarta-feira (5) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
De acordo com entidade, no comércio relacionado ao Dia das Mães, apenas as lojas de vestuário, tecidos e calçados deverão ter crescimento de vendas em maio: 12,6% em relação a maio de 2020. Na comparação com maio de 2019, no entanto, deve haver queda de 59,9%.
Segundo a projeção da FecomercioSP, as lojas de móveis e decoração deverão ter um dos piores Dia das Mães, em termos de vendas, dos últimos anos: queda de 17,7% em relação a maio de 2020 e de 32,5% em comparação à data em 2019.
Conforme as estimativas, a situação dos revendedores de eletrodomésticos e eletrônicos não será muito diferente: deverão ter retração de 8,2%, comparando-se com o ano passado, e baixa de 24,4% em relação a maio de 2019.
“A pesquisa apresenta um cenário de desconfiança e preocupação das famílias, que veem, de um lado, o auge da crise de covid-19 no país e, de outro, o declínio de suas condições econômicas – com aumento do endividamento, da inflação e do desemprego e, em paralelo, queda da renda. E, se o auxílio emergencial surge como um alento para a manutenção do consumo, a projeção também mostra a fragilidade conjuntural que existe para além dele”, destacou a entidade em nota.
A FecomercioSP acrescentou que uma mudança de cenário depende do sucesso no controle da pandemia. “É assim que os indicadores de emprego e renda podem voltar a subir e que as famílias, então, se sentirão mais seguras para voltar ao consumo”, ressaltou a entidade.
De forma geral, considerando não apenas às vendas relacionadas ao Dia das Mães, o setor varejista do estado de São Paulo deve crescer cerca de 2,5% em maio, na comparação com igual mês de 2020. “Essa alta, na verdade, será motivada principalmente pela demanda por materiais de construção, cujas lojas devem faturar 22,8% a mais do que em maio do ano passado”, ressalta a FecomercioSP.